domingo, 10 de novembro de 2013

Refletindo sobre linguagem

O ensino de língua materna deve ser feito não somente no ambiente escolar, mas também no próprio lar. Antes e durante o período em que a criança está frequentando a escola, a família deve colaborar com as atividades a serem desenvolvidas nestas unidades de ensino. O acompanhamento auxilia, de maneira mais eficiente, a aquisição da linguagem, fortificando as estruturas linguísticas a serem desenvolvidas e permitido com que a criança fique mais motivada nas aulas, por estar acompanhando aquele conteúdo. Sem falar do inevitável estreitamento de laços familiares entre os envolvidos.

Chamo a atenção também para a questão do preconceito linguístico. Na escola, os alunos aprendem a utilizar a língua a partir da gramática normativa, que estabelece o padrão culto da Língua Portuguesa. É precoce falar deste tipo de assunto para o aluno até ele criar uma maturidade linguística e determinado conhecimento de mundo. Por isso, este tipo de assunto deve ser tratado após a aquisição de determinadas estruturas linguísticas. Poder-se-ia ensinar no final do Ensino Fundamental I. Deve-se ensinar a partir do Ensino Fundamental II. E no ensino médio, o preconceito linguístico já deve estar em processo de extinção (ou mesmo extinto).

Sendo assim, não é mais válido pensarmos que é somente responsabilidade da escola alfabetizar (e dar o devido letramento), pois, sem uma proposta consolidada de educação em tempo integral, os alunos passam mais tempo em casa que na escola e, neste caso, reitero, a intervenção familiar é de suma importância para o sucesso do processo de aquisição da linguagem e desenvolvimento da leitura.